7º Um Canto Para Martin Fierro – Livramento – RS – 2005.
Composição premiada com o Pirmeiro Lugar, Melhor Poesia e Melhor apresentação no Palco.
FRONTEIRA SECA
Letra: Rogério Ávila
Música: Mauro Moraes
IntÉrprete: Pirisca Grecco
Fronteira seca, d’onde o marco ronda a linha
E égua madrinha ao cruzar bate campana
De Masoller à Punta Upamaroty
Se estendem “así” rastros de tropas Sant’Ana
Fronteira seca d’onde a vida do chibeiro
Abraça a sorte no rumo do contrabando
E algum “cuatrero matrero de policia”
Não se anuncia e ao trote largo vai cruzando
Nesta fronteira, alma pampa que se adoça
D’onde retoça na campanha e no “pueblero”
Uma cordeona que se “alumbra” num relincho
Nestes bochinchos de poncho, adaga e sombreiro
Fronteira seca, “loca” de buena
Fronteira seca, flor de campeira
Fronteira seca do saludo arrinconado
D’onde cochila tradição pra um guitarreiro
E o gaiteiro estufa o peito, apaysanado
Num “a la pucha” abagualado de faceiro
Nesta fronteira dos campos engordando o gado
Pelos janeiros com mormaços de verão
D’onde a saudade no entreveiro do sotaque
Encilha um mate e desencilha a solidão.