36ª Coxilha Nativista – Cruz Alta – RS – 2016.
ENTRE VISITA E SAUDADE
Letra: Diego Guterres
Música: Diego Guterres
Intérprete: Juliano Moreno
Ficou a imagem do aceno da cola
de um mouro troteando ao compasso do adeus…
Ficou a ferida, na tela dos olhos,
do amigo sumindo entre sal, campo e breu…
Ficaram pelegos dormindo nos bancos,
e a voz de “Stá cedo!” nas sombras em jogo…
Ficaram ausências no mate em recosto,
palavras dançando nas língas do fogo…
“A culpa é das horas, que regram a vida,
impondo partidas, dolentes abraços!
(Depois na saudade dos nossos amigos,
ponteiros machucam – parece castigo –
girando tão lentos num árduo compasso!)”
É bom estar junto de quem se quer bem
(a alma se aquece e também se ilumina),
razão da promessa de outra visita
p’ra o fim da conversa que nunca termina.
Um dia, os ponteiros serão o anúncio
da eterna saudade… do último adeus.
Por isso é que sempre, se a vida é incerta,
sou tão transparente do amor pelos meus!
“A culpa é das horas, que regram a vida,
impondo partidas, gretando alegrias!
(Pois somos escravos de austeros ponteiros,
que castram sorrisos, momentos fagueiros,
nos punem saudade e não dão anistia.)”