9ª Sentinela da Canção Gaúcha – Caçapava do Sul – RS – 2011.
UMA CARREIRA DAS BUENAS
Letra: João Sampaio e Odenir dos Santos
Música: Érlon Péricles
Intérprete: Juliano Moreno
Biqueira e capa com nome
Jóquei de bota até o joelho
Gritos de luz e de doble
Pr’aquele que saca o freio
Num “lazão” bueno mestiço,
Bufava e dava pinote
“Dios, perdon en mal a bruja”,
É defeito do chicote
Tanto grito e patacoada,
Tiraram o peão do sono
Só ele topou a parada,
Solito ficou de dono
“Sacô” as garras do crioulo,
Bastereado, mas um raio
Pra quem entende da lida
Não tem ruim, nem atrapalho
Em cima do tirador
Jogou pilcha, boiadeiro
Só não quis “jogá” a guaiaca
E um “dagão” que era um cincerro
Quando gritaram “se vieram”,
Foi aquele “sururu”
O jóquei era o João Lagarto
E outro o Chico Tacuru
Jogou tudo no crioulo
Num “zumzum” de “quebra o culo”
Sabendo o flete que tinha,
Recusou qualquer usura
Jardearam duas, três vezes
E o Chico ganhou a olada
Pregou-lhe um grito de “vamo”
Pro “lazão”, de mão trocada
Saíram batendo “oreia”,
Começou a estralar pipoca
Antes dos trezentos metros
O crioulo abria toca
Que pingaço esse crioulo,
Vem da mão do João Letria
Se existir algum melhor,
Deus tirou pra montaria
Na cabeceira da cancha
Com o pingo pelo fiador
O do crioulo junta “os pila”
De riba do tirador.