3ª Convenção Nativista – Júlio de Castilhos – RS – 2011.
SEIO DE LAÇO
Letra: Cristiano Vargas Thurow
Música: Matheus Simões
Interprete: Quarteto Moldura e Giordan Gomes
Corda trançada com calma, mescla de couro e de baba
Muito mundo ali se acaba, pra quem um dia foi touro
Mais valiosa que ouro, mesmo assim rudimentar
Pois só tu pode aguentar a força bruta do mouro
Quem laça pelo serviço conhece as voltas do laço
E se governa no braço depois que a armada se estica
É imagem mais bonita porém a mais caborteira
Depois que finda a sedeira quem vem por diante ali fica
Depois que se estende armada de todo laço
Vai cruzar feito um abraço de quem chega sem aviso
É argola batendo guizo e tento por se esticar
Se o campeiro se assustar lhe resta só o improviso
Se por bueno o mouro velho não se entrega pros arreios
Pode crer que o tempo feio vá terminar em tormenta
Que seio do laço aguenta toda força contra o couro
Antiga veste de um touro que um semelhante sustenta
Por isso que quando canto gritando de toda guela
Vai se apertando a barbela da boca deste pinho
Seguindo meu caminho é assim que me sustento
Se trago laço nos tentos nunca que fico sozinho
Seio de laço por diante cortando o vento e mais nada
Sobra crioula da armada pealadora de mão cheia
Quando vai rente a flexilha sobram braças pra o tirão
Mas se traz firme o cinchão, seio do laço boleia