28º Ronco do Bugio – São Francisco de Paula – RS – 2019.
Composição premiada com o Segundo Lugar.
SANGUE SERRANO
Letra: Jairo Reis
Melodia: Lincon Ramos
Intérprete: Lincon Ramos
Este meu sangue serrano
Espesso e rubro caudal
Minha riqueza ancestral
Herança de um provinciano.
Cruza de negro e açoriano,
Arranchado na cidade,
Chimarroneio a saudade
Do meu pago e da minha gente…
Sou fruto de uma semente
Plantada na mocidade.
Terra coberta de geada,
A cerração e o minuano
Contrastam com o calor
Deste meu sangue serrano.
Este meu sangue serrano
Aos pouquitos se inflama,
E de vereda me chama
Pra’o meu labor cotidiano.
Neste meu peito aragano,
Cinchado pela emoção,
Pulsa forte o coração
Toda a vez que eu relembro
Uma manhã de setembro
Vestida de cerração.
Terra coberta de geada,
A cerração e o minuano…
Este meu sangue serrano
Me acorda ao alvorecer
E não me deixa esquecer
O meu cerne campechano.
Neste andejar de paisano
Entre povoados e aldeias
Fui forjado em mil peleias
Que golpearam minha alma
E o meu sangue só se acalma
Quando a saudade escasseia