34ª Califórnia da Canção Nativa do RS – Uruguaiana – RS – 2005.
Composição premiada pela Melhor Melodia.
QUANDO O AMOR APAGA AS BRASAS
Letra: Maurício Barcellos, Mateus Neves da Fontoura, Paulo Fleck e Rodrigo Duarte
Música: Maurício Barcellos e Rodrigo Duarte
Intérprete: Maurício Barcellos
Na penumbra dessa casa
Fez-se grande a madrugada;
O silêncio é quase tudo,
Acontece quase nada.
Um candeeiro à meia vida,
Meia alma se apagou,
Resta um lume de guarida
Para a ausência que ficou.
Eu me perco nessa cena,
Reinvento meus roteiros
De silêncios e saudades
Que me partem por inteiro.
Quando o amor apaga as brasas…
Quanto inverno cabe em nós,
A milonga abre as asas,
Ganha o céu em nossa voz!
Dessa porta escancarada
Vê-se o mundo mais adiante,
Mas pra quem vive a olhar a estrada,
A ilusão é uma constante.
Sol de maio é noite escura,
Correnteza sem ter rio,
Resta o lume a quem procura,
A presença em desvario.