10ª Seara da Canção Gaúcha – Carazinho – RS – 1990.
VASSOURA DE GUANXUMA
Letra: Jayme Caetano Braun
Melodia: Luiz Marenco
Intérprete: Luiz Marenco
Esta mania de varrer meio tapeado,
Me vêm ‘dos tempo’ da vassoura de guanxuma;
Quando peonava no Rincão do Gado Alçado,
Marca saudade que maneio uma por uma!
Estância grande, da potrada caborteira
Que corcoveava no ‘sentá’, prendendo o berro!
De noite e dia o trasfogueiro de pau-ferro
Guardando a chama da vivência galponeira.
Cancha dos tauras mal varrida e mal aguada
Na sacristia memorial da raça antiga;
Cupim batido ‘das caseira’ de formiga
Com risco fundo de chilena enferrujada.
Mal repontados de misturas com graveto,
Ciscos de crinas de pêlos e cavaco;
Graxa queimada na cinza dos buracos
Entre ‘as clavada das marca’ dos espetos.
Andei caminhos, porque andar mal acostuma,
Tenteando rumo pra enfrentar um tempo novo;
E me dei conta que na alma do meu povo
Ficaram riscos da vassoura de guanxuma!